Um guarda-civil matou o secretário adjunto da Segurança do município, Adilson Custódio Moreira, de 53 anos, a tiros dentro da prefeitura de Osasco, na Grande São Paulo, no início da noite desta segunda-feira, 6. Após negociação com o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar, o autor dos disparos, Henrique Marival de Souza, de 46 anos, foi detido por volta das 19h30.
Conforme a PM, ao menos oito tiros foram disparados no local - quatro atingiram o secretário, mas ainda será feito o laudo necroscópico. A defesa não vai se manifestar.
A prefeitura diz que houve confronto após uma reunião em que o secretário adjunto discutia mudanças de funções da equipe.O guarda foi informado que sairia de uma função administrativa para o patrulhamento nas ruas, o que o revoltou. “Ele foi cortado da equipe de segurança institucional que faz a guarda do prefeito”, disse ao Estadão o delegado Daniel Alois Martins, que investiga o caso.
O autor do disparo fazia parte da equipe de segurança havia dois anos do novo prefeito, Gerson Pessoa (Podemos), que antes era deputado estadual.
Ao final da reunião com a equipe, Custodio Moreira disse que receberia individualmente aqueles que tivessem dúvidas, e Marival ficou por último. Nesse momento, o guarda manteve o secretário trancado como refém dentro de uma sala. Moreira não estava armado.
Ele chegou a montar barricadas e o prédio da administração municipal foi interditado durante a negociação. O guarda requisitava a presença do advogado e da esposa.
O aparelho detector de vida do Gate mostrou que havia apenas uma pessoa viva dentro da sala, o que permitiu aos policiais concluírem que já não havia mais reféns.