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Kaylon da Silva Paixão, de 13 anos, é um dos quatro mortos no acidente. Corpo do atleta foi sepultado nesta terça-feira (31) na Baixada Fluminense.
Um vídeo gravado pela família de Kaylon da Silva Paixão, de 13 anos, mostra o menino embarcando no ônibus para disputar um torneiro de futebol em Minas Gerais. O veículo acabou tombando no retorno para o RJ, matando quatro pessoas, incluindo Kaylon. No vídeo, é possível ouvir Gilson Alves Paixão, pai do atleta, se despedindo: ‘tchau, filho’. O menino olha para o pai e acena dando tchau.
“Eu levei ele, fizemos as orações. Ele não gosta de ser filmado. Ele subiu, filmei o último tchauzinho do meu filho. Eu ainda falei: ‘pai te ama’”, disse Gilson durante o velório do filho em Magé, na Baixada Fluminense, nesta terça-feira (31). O sepultamento aconteceu no cemitério de Bongaba, em Piabetá, distrito de Magé.
O acidente com o ônibus aconteceu em Além Paraíba, em Minas Gerais, na madrugada desta segunda-feira (30). Kaylon estava no veículo para disputar um campeonato sub-16 de futebol, apesar de ter 13 anos. Gilson disse que a viagem custou R$ 250:
“Maldita viagem que eu paguei”, lamentou.
Ele contou que o filho ficou muito feliz quando soube que iria viajar com o time Vila Maria Helena. “Ele disse: ‘Ó pai, vou voltar com a medalha’”, contou muito emocionado.
A despedida foi marcada por forte emoção de familiares e amigos. Gilson precisou ser amparado por parentes em vários momentos. Ele chegou a parar um ônibus em frente ao local do velório e se jogar no chão.
"Meu filhinho saiu: ‘Pai, eu vou dar orgulho para você, minha mãe e meus colegas do bairro. Um sonho interrompido. Tá aí o que eles devolvem numa caixa de madeira”, disse mais cedo.
O pai disse ainda que o ônibus não fez nenhuma parada no caminho entre Minas Gerais e o Rio de Janeiro. Gilson disse ainda que mandou um PIX para o filho comer um hambúrguer, mas o dinheiro não chegou.
"Meu filho morreu pedindo para comer um hambúrguer. Ele não pôde fazer uma parada para comer o hambúrguer. Eu fiz o PIX e ele nem recebeu o PIX para comer o hambúrguer, ele e o colega dele", relatou o pai, chorando.
Gilson disse que o motorista do ônibus não poderia ter colocado as crianças em um ônibus no horário da volta da competição.
"Um motorista com experiência não bota um ônibus naquele horário, as crianças tinham acabado de jogar, não só meu filho como os outros colegas que também se foram."
O motorista negou que estava acima da velocidade permitida e disse que foi fechado por uma carreta antes de perder o controle da direção do veículo, segundo o delegado Marcos Vignolo.
Notícia por rede social
A mãe de Kaylon contou ainda que soube do acidente logo nas primeiras horas do dia, no grupo de WhatsApp que reunia os familiares dos atletas.
"A previsão da chegada deles era por volta das 5h30, 6h da manhã. Então meu marido estava toda hora olhando o grupo do WhatsApp. Quando foi por volta das 4h, alguém postou que alguém tinha falado que tinha acontecido um acidente. Saímos desesperados e viemos para cá", contou.
"A gente foi primeiro para o Hospital Salvador, mas não tinha nada lá. Depois viemos para a Casa de Caridade Leopoldinense, em Leopoldina, e pediram para a gente mostrar a fotos dele. Eles fizeram umas fotos das roupas e pediram pra gente reconhecer, se era ele. Reconhecemos, e depois meu marido foi fazer o reconhecimento pessoalmente", contou Ana Paula.
O acidente
O ônibus onde estava os jogadores e a comissão técnica do Esporte Clube Vila Maria Helena caiu de uma ponte de 10 metros de altura na madrugada desta segunda-feira, deixando quatro mortos e 29 feridos, na BR-116, em Além Paraíba.
O veículo levava o time de futebol de Ubaporanga (MG) para Duque de Caxias (RJ), de onde era a equipe..jpg)
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As vítimas são:
Kaylon da Silva Paixão, de 13 anos — atleta;
Thyago Ramos de Oliveira, de 15 anos — atleta;
Andrey Viana da Costa, também de 15 anos — atleta;
Diogo Coutinho Vilar, de 18 anos — treinador do time.
Vinte e quatro vítimas foram encaminhadas para o Hospital São Salvador, em Além Paraíba. Outras foram levadas para a Casa de Caridade Leopoldinense, em Leopoldina.
O veículo caiu de cabeça para baixo perto de um riacho após o motorista do ônibus perder o controle da direção.
A viagem consta como registrada no sistema de Licenças de Viagem Nacional da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
