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O QG da reeleição de Jair Bolsonaro (PL) avalia que "apenas" uma parcela de 35 a 40 pontos percentuais da rejeição ao presidente está consolidada e é praticamente irreversível. Segundo o Datafolha, 52% dos brasileiros dizem que jamais votariam nele.
Na opinião dos estrategistas do presidente, haveria uma margem de 10 a 15 pontos de rejeição sobre a qual é possível trabalhar.
Para isso, o segundo turno, que internamente é dado como certo, é considerado fundamental. Primeiro, porque haveria tempo de mudar a narrativa e a percepção sobre Bolsonaro, reforçando aspectos positivos da agenda econômica e insistindo em apresentar um mandatário mais moderado.
Segundo, porque bolsonaristas acreditam que a rejeição a quem quer que dispute um segundo turno muda automaticamente: o eleitor reavalia considerando somente os nomes que estão concorrendo.
Na prática, os assessores do presidente esperam que, quando o cidadão confrontar Bolsonaro diretamente com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alguns atributos negativos do petista podem acabar se destacando, como os escândalos de corrupção das gestões de seu partido.
A estratégia é aumentar a rejeição do petista com o binômio corrupção e costumes. Além de lembrar dos escândalos da era Lula, a linha de ataque associaria o ex-presidente a aborto, segurança pública, saidinhas de presos e drogas.
A avaliação é que a parcela que não vota em Bolsonaro de jeito nenhum chegou a esse ponto por conta de dois erros estratégicos ao longo da gestão do presidente: o discurso sobre as vacinas contra Covid-19 e sobre as urnas eletrônicas, em enfrentamento ao Judiciário.
O único cenário dado como irreversível por alguns dos conselheiros do presidente é caso Lula vá para o segundo turno com uma margem superior a 10%.