» » » » » ACM Neto diz que versão da SSP sobre morte de seguranças em pousada "não é verdadeira" e pede intervenção da PF

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Candidato ao Governo da Bahia, ACM Neto (União), rebateu a versão da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e afirmou que não houve confronto policial no caso que culminou com a morte, na última quarta-feira (28/9), do subtenente Alberto Alves dos Santos, que fazia a segurança do ex-prefeito de Salvador

"A versão do Comando-Geral da Polícia não é verdadeira. Não houve confronto policial. Os policiais que sobreviveram estão aí e já se prenunciaram. Ao contrário: o subtenente foi brutalmente assinado enquanto estava dormindo”, afirmou, em entrevista a veículos de imprensa, durante o velório do subtenente Santos, em Salvador.

Neto disse que sua coligação vai interpelar o Ministério da Justiça e Segurança Pública para que o crime seja investigado pela Polícia Federal, e não no âmbito estadual. Na última quarta, a equipe do candidato já havia recorrido ao Ministério Público Eleitoral. “Pode ter havido envolvimento com a eleição. Não estou afirmando, mas apenas questionando”, sugeriu. Para o postulante ao Palácio de Ondina, a PF teria a “isenção necessária” para apurar o caso.

“Dois veículos da nossa campanha estavam sendo monitorados. Dois veículos que vinham servindo às atividades da campanha e não tinham nenhum tipo de ligação ou envolvimento com nenhum histórico de crime. Dois veículos que saíram de Salvador e foram para o interior. A partir de quê?”, questionou.

Neto ainda classificou a operação como “desastrosa “e cobrou punição aos policiais militares envolvidos no crime. “Não quero acusar ninguém e nem afirmar nada, mas queremos investigação. Queremos que fique claro sobre o que motivou o monitoramento destes veículos e que fique claro de onde veio a ordem e quem deu o comando para monitorar esses veículos”, concluiu.

Uma das vítimas que sobreviveram ao atentado, o sargento Adeilton Rodrigues D'Almeida, que está hospitalizado em Itabuna, gravou um vídeo relatando o ocorrido, afirmando que foi atingido enquanto dormia. Ao acordar e dizer que era 'polícia', ainda teria sido alvejado mais três vezes. 

O CASO

A caça ao criminoso André Márcio Jesus, o "Buiú", resultou em uma das operações mais malsucedidas dos últimos meses na Bahia. Um vídeo obtido pela equipe de reportagem do Aratu On mostra um policial militar, que integra a equipe de segurança de ACM Neto, candidato do União Brasil ao Governo do Estado, implorando para não ser morto por colegas de farda na pousada de Itajuípe, no Sul da Bahia, onde o político teria agenda de campanha.

Para entender essa história, é preciso voltar algumas horas no tempo. Tudo começou quando "Buiú", assaltante de bancos ligado a uma facção paulista, rompeu a tornozeleira eletrônica na BR-324, minutos após ter sido beneficiado por determinação judicial de saída temporária.

Após ter sido acionada, a PM iniciou as buscas que levaram as equipes ao estabelecimento em Itajuípe, onde ele estaria escondido. Acontece que, no local, os policiais encontraram colegas de farda, que estava hospedados para realizar a segurança de ACM Neto.

No vídeo, que dura poucos segundos, sargento D'Almeida aparece algemado, na parte externa do quarto, e gritando "eu vou morrer". 

Vídeo mostra PM, segurança de ACM Neto, já algemado por colegas durante ação em pousada no Sul da Bahia pic.twitter.com/S3Bm5G5W0X

NOTA DA SSP-BA

Em nota oficial divulgada nesta quarta, a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP) aponta que os dois policiais militares que atuavam como seguranças do candidato ao Governo da Bahia, ACM Neto (União Brasil), atiraram contra os colegas de farda, da Companhia Independente de Policiamento Especializado (CIPE/Cacaueira). 

A SSP confirmou que, no momento em que chegou à pousada onde os policiais estavam, buscava André Márcio Jesus, o "Buiú", que escapou do monitoramento da Secretaria da Administração Penitenciária após ser liberado por uma decisão judicial do Presídio de Lauro de Freitas.

Ainda na versão da SSP, os seguranças do candidato, o subtenente Alberto Alves dos Santos e sargento Adeilton D'Almeida, atiraram contra as guarnições. "Outros dois homens, que estavam armados, reagiram a tentativa de abordagem e atingiram dois soldados que estavam em serviço". 

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