Assassino teria tido acesso a dependências do hotel pelo lado do mar.
Natural de Salvador, Victor Gutemberg estava relaxando e curtindo o sol na beira da piscina do resort de luxo, quando foi surpreendido por um homem branco, com idade entre 30 e 35 anos, que sacou uma arma de fogo e efetuou diversos disparos em sua direção. O empresário, que morava no Ceará, foi atingido em diversas partes do corpo e morreu na hora. No momento do crime, hóspedes tomavam banho de piscina e funcionários atendiam pedidos feitos por eles. Todos entraram em pânico após a execução do empresário e testemunharam a fuga do assassino pela areia da praia.
Um casal de turistas de Goiás, que está hospedado no resort, contou como tudo aconteceu e pontuou que o crime poderia ter sido evitado. “O assassino entrou no resort por um portão que dá acesso à areia da praia. Ele passou pelo rapaz da segurança sem levantar suspeita e atirou ao encontrar o empresário. Na hora todo mundo correu tentando se esconder dos disparos. A segurança aqui é falha, as pessoas que não são hóspedes têm fácil acesso ao local”, relatou.
Trabalhando em Stella Maris há mais de 14 anos, uma testemunha, que pediu para não ser identificada, contou que viu a vítima caminhando na praia com a esposa e a filha no dia anterior ao crime. A fonte ainda relatou que se assustou com os disparos e presenciou o desespero de uma mulher, supostamente esposa do empresário.
“Vi quando o homem saiu do hotel após matar o rapaz. Ele estava de máscara, vestia camisa e bermuda, e aparentava estar tranquilo. Eu escutei os disparos, mas não imaginei que o autor era ele, pois estava acima de qualquer suspeita”, iniciou a testemunha.
“Em seguida, vi uma mulher desesperada procurando a filha na praia. Acredito que era a esposa do empresário, pois corria para todos os lados aterrorizada em busca da menina. Enquanto isso, o matador entrou no estacionamento do camping e fugiu em um carro [do modelo] HB-20 de cor branca”, relatou, acreditando que “talvez o crime não tivesse acontecido se houvesse segurança com detector de metal.”
Não se sabe a motivação do crime e nem indícios do assassino. Um crime chocante | Foto: Reginaldo Ipê
Uma turista mineira, que tomava banho de sol na areia da praia, próximo ao resort, ficou surpresa ao ser informada por nossa reportagem sobre o assassinato do empresário. “Estou assustada, eu não sabia que tinha acontecido um crime aqui, ninguém me informou. Estou com medo e hoje mesmo quero voltar para Minas. É um absurdo o que aconteceu!”, declarou, sem acreditar que o local foi palco de uma execução.
A Polícia Civil da Bahia informou por meio de nota que o estabelecimento foi invadido por um homem e as investigações para identificar o suspeito e a motivação do crime já foram iniciadas. A Tribuna da Bahia entrou em contato com o Catussaba Resort Hotel para saber o posicionamento da hospedaria sobre o assassinato, porém não obteve retorno. A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (IBIH-Ba) também foi procurada para falar sobre o crime, mas até o fechamento da matéria não se manifestou sobre morte do empresário e a possível falha na segurança do empreendimento de luxo.
