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Candidato promoveu caminhada em Guaianases, bairro localizado no extremo leste da capital paulista. Durante evento, Ciro fez críticas ao Partido dos Trabalhadores (PT) e pediu votos à população
O encontro com a população aconteceu na manhã desta terça-feira. Na ocasião, Ciro conversou com apoiadores e visitou pequenos comércios localizados na região. Durante o discurso, o ex-ministro de Estado prometeu que, no caso de ganhar as eleições, toda família com renda de até R$417 receberá uma complementação de até R$1000 do Governo Federal.
— O programa tem como pretensão erradicar a pobreza no Brasil de uma vez por todas e fazê-lo uma seguridade social, protegendo nosso povo de ameaças, chantagens ou tentativas de suborno que acontecem nas épocas de eleições, como era com o PT e agora é com Bolsonaro — declarou.
O ex-governador do Ceará propõe financiar o benefício com os orçamentos somados que atualmente custeiam transferências como Auxílio Brasil, Benefício de Prestação Continuada (BPC), vale-gás, seguro-desemprego e com a cobrança de um imposto sobre grandes fortunas.
Ainda sobre o tema, Ciro creditou a criação do programa ao ex-senador e atual vereador Eduardo Suplicy (PT). De acordo com ele, o Partido dos Trabalhadores nunca apoiou o programa de renda mínima pelo qual Suplicy lutou durante uma vida.
— A homenagem que faço a Eduardo Suplicy é uma questão simples, uma história de vida longa. Ele se dedicou a vida inteira para colocar esse assunto em pauta no Brasil e o PT sempre o levou ao deboche e ao ridículo. Eu sempre o levei a sério — afirmou Ciro Gomes.
O candidato do PDT escolheu o bairro periférico para dar o pontapé inicial de sua campanha por acreditar que o local é um símbolo da desigualdade social. De acordo com ele, Guaianases está inserido em um contexto forte, em que dentro da cidade mais rica da América do Sul, se tem indicadores chocantes de pobreza.
Estavam no evento também o presidente PDT de São Paulo e candidato a Deputado Federal, Paulo Antonio Neto, e o ex-ministro da Defesa e candidato ao Senado, Aldo Rebelo.
— Mais de 33 milhões pessoas estão passando fome. Mais de 120 milhões comendo precariamente e isso em um dos países que mais produzem comida no planeta terra. O nível de renda média brasileira é o menor desde o início da série histórica, o principal sintoma disso é o poder de compra que é o pior em 20 anos. O Brasil só está à frente da Venezuela, que vive um caos institucional há duas décadas. A inadimplência humilha 666 milhões de brasileiros. Eu estou preparando soluções práticas e objetivas para cada um desses problemas. Vamos anunciar uma dinâmica de retomada do país — disse o ex-governador.
Ciro deixou o evento, que teve aproximadamente uma hora de duração, às 8h30. Ainda nesta terça, o pedetista viaja para Brasília (DF) onde acontece a cerimônia de posse de Alexandre de Morais como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), às 19h. Sobre a ida ao evento, o ex-governador afirmou ser um gesto a democracia e às instituições.
– O Brasil está vivendo um momento em que nós temos a democracia em cheque, as urnas eletrônicas em cheque. Como democrata, é importante mostrarmos ao povo brasileiro que a disputa deve se dar além das nossas ideias, porém atrás do respeito à democracia, ao voto e à soberania popular – afirmou Ciro Gomes.