Vítima tinha sinais de violência no corpo e desapareceu após blecaute na vila.
O assassinato da adolescente Nayra Gatti, 14 anos, aciona a sensação de insegurança às mulheres do vilarejo de Caraíva, distrito de Porto Seguro, no sul da Bahia. A garota foi encontrada morta às margens de um rio, na última sexta-feira (10), 24 horas após desaparecer durante um blecaute. No corpo, vestido por peças mal abotoadas, havia sinais de estrangulamento, além de ferimentos nas pernas e pescoço.
Nayra estava na companhia do pai, na noite de quinta-feira (9), quando avisou que voltaria para casa, na Aldeia Xandó — uma caminhada de aproximadamente dez minutos. Não retornou. Em contato com o Metro1, a astróloga Maria Ribeiro, 29 anos, conta que os moradores só souberam do sumiço na sexta-feira, quando o pai, o espanhol Sebastian Gatti, pediu ajuda para procurar a menina. Maria conhecia Nayra de vista e atribui à garota um comportamento tímido, "silencioso", diz.
A astróloga diz ainda que o caso traz à memória das mulheres da vila a sua própria história. Maria foi estuprada na mesma vila, em janeiro de 2020. "Até o meu caso, nunca tinha acontecido nada tão violento. Depois disso, houve o estupro coletivo de uma turista espanhola, em agosto [de 2021] Agora, com essa morte, estamos sem chão. Há um misto de insegurança e medo".