Anúncio foi feito pelo general William H. Seely, comandante das operações militares norte-americanas no Iraque.
Foto: Divulgação/US Army |
O Exército dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (6) ao número dois do comando militar iraquiano que vai “reorganizar” as forças da coalizão que atuam no combate ao Estado Islâmico no país com vistas a “uma retirada do Iraque segura e eficaz”.
A carta, assinada pelo general William H. Seely, comandante das operações militares americanas no Iraque, foi divulgada pela AFP – dois dirigentes militares, um americano e outro iraniano, confirmaram à agência de notícias a autenticidade da publicação.
“Respeitamos a sua decisão soberana que ordena a nossa partida”, diz o comunicado, emitido um dia após o Parlamento iraquiano aprovar uma moção para exigir que o governo expulse as tropas estrangeiras do país.
De acordo com a Reuters, que também teve acesso à carta, os EUA, “em deferência à soberania da República do Iraque, e como solicitado pelo Parlamento iraquiano e pelo primeiro-ministro”, irão reposicionar suas forças “nos próximas dias e semanas”.
No domingo (5), após o anúncio da intenção da expulsão das tropas norte-americanas por parte de Bagdá, o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou o país do Oriente Médio.
“Vamos impor a eles sanções como eles nunca viram. Nós temos lá uma base aérea extraordinariamente cara. Custou bilhões de dólares para ser construída, muito antes do meu período [como presidente]. Não sairemos a menos que eles nos paguem”, disse o mandatário estadunidense. Desde 2014, cerca de 5 mil militares norte-americanos estão no território iraquiano atuando no combate ao grupo extremista Estado Islâmico.
Desde o dia 2 de janeiro, quando um bombardeio feito por um drone americano matou o general Qassim Suleimani e ao menos outras oito pessoas em um aeroporto de Bagdá, capital iraquiana, a tensão entre EUA e Irã vem aumentando, apesar dos apelos da comunidade internacional para uma saída pacífica para a crise.
Suleimani era o chefe da Força Revolucionária da Guarda Quds do Irã e teve participação direta na guerra da Síria, articulando o apoio iraniano às milícias sírias que combateram o Estado Islâmico e defenderam o regime do presidente Bashar Al Assad.
(com agências de notícias)
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