Bahia venceu Vitória nos pênaltis nas oitavas de final da competição daquele ano e avançou até a decisão, quando foi batido pelo Flamengo.
Foto: Alexandre Vidal/Fla Imagem |
A Copa São Paulo de Futebol Júnior, que terá início nesta quinta-feira (2), jamais foi vencida por um clube baiano. Em 2011, o Bahia bateu na trave, ficando com a medalha de prata. Na ocasião, o Esquadrão foi derrotado pelo Flamengo por 2 a 1 na decisão, no Pacaembu, em São Paulo.
A boa campanha do Bahia na Copinha daquele ano começou com um tropeço frente ao América Mineiro por 2 a 1. Com as vitórias sobre o Noroeste (1 a 0) e o Tabuão da Serra (4 a 0), no entanto, a equipe tricolor conquistou uma vaga à segunda fase, quando começou a enfrentar adversários mais tradicionais.
A primeira equipe a ser superada pelo Bahia no mata-mata foi a Portuguesa, que à época ainda não havia iniciado sua derrocada no cenário futebolístico nacional – o clube paulista, naquela temporada, fez uma campanha brilhante na Série B, conquistando o título e a alcunha de “Barcelusa”.
A partida, realizada no estádio do Nacional, na Barra Funda, foi vencida pelo Tricolor por 2 a 1. Com o triunfo, um conhecido adversário o aguardava nas oitavas de final: o arquirrival Vitória, que fazia, até aquele momento, uma campanha perfeita, com 100% de aproveitamento em quatro partidas.
Ba-Vi em São Paulo
Acostumados a se enfrentarem com grandes públicos na Fonte Nova ou no Barradão, Bahia e Vitória mediram força no pequeno estádio Nicolau Alayon, onde os tricolores já haviam jogado na partida anterior. Poucos torcedores estiveram presentes naquela terça-feira à tarde para prestigiar o Ba-Vi, que terminou empatado em 1 a 1 no tempo regulamentar.
O jogo foi equilibrado e seguia sem gols até os 38 do segundo tempo, quando o atacante Rafael (que depois, já na equipe profissional, ganharia o apelido de “Gladiador”) foi às redes. O atleta tricolor, destaque da equipe naquela competição, aproveitou um bate-rebate na área rubro-negra para abrir o placar e deixar o Bahia perto da classificação.
Cinco minutos depois, porém, o Vitória chegou à igualdade. Pressionando pelo empate que levaria a partida à disputa de pênaltis, o rubro-negro Adauto arriscou um chute de longe, vencendo o arqueiro Renan.
Nos pênaltis, a vitória foi do Bahia, que desperdiçou apenas uma cobrança nos cinco chutes iniciais, enquanto o Vitória perdeu dois. Festa tricolor na Barra Funda.
Vitória épica contra o Santos
Nas quartas de final, os tricolores enfrentaram o Santos e conquistaram uma emocionante vitória, com uma virada nos instantes finais da partida.
O Peixe abriu o placar com um golaço de bicicleta de Jairo, aos 20 minutos do segundo tempo. O Bahia, então, pressionou e conseguiu o empate aos 39 do segundo tempo, com o atacante Fábio.
O Tricolor baiano, porém, não queria ir, mais uma vez, à disputa de pênaltis e, de tanto martelar, conseguiu a virada épica: aos 47, a poucos segundos do apito final do árbitro, Rafael fez o gol que colocou o time baiano na semifinal. O adversário? O América-MG, algoz da primeira rodada.
Revanche contra o América-MG
Na revanche contra os mineiros, na partida que realmente valia, deu Bahia. Atuando no estádio do Nacional da Barra Funda desde a partida contra a Lusa – local que vinha dando sorte aos baianos -, mais uma vitória por 2 a 1 foi conquistada, desta vez sem tanta emoção.
O tricolor Madson abriu o placar, de pênalti, aos 31 minutos da etapa inaugural. Seis minutos depois, contudo, o América igualou o placar, com Caleb. Mas o gol da vitória tricolor não tardaria a chegar: em jogada ensaiada, em uma cobrança de falta na entrada da área, Madson – mais uma vez – foi às redes, dando números finais à partida.
Pacaembu lotado na grande decisão
Disputada na manhã do dia 25 de janeiro, aniversário de São Paulo – como de praxe -, a grande decisão da Copinha foi acompanhada por um público de 40.508 torcedores, capacidade máxima do Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, localizado no bairro nobre do Pacaembu, na capital paulista.
O time carioca abriu o placar logo aos 7 minutos de jogo, com o zagueiro Frauches, que aproveitou uma bola sobrada na grande área, após cobrança de escanteio, e chutou forte para balançar a rede do goleiro Renan. Aos 30, de pênalti, Rafael empatou para o Bahia, recolocando a equipe tricolor na partida.
No segundo tempo, aos 22 minutos, Negueba, também de pênalti, recolocou os rubro-negros em vantagem, que prevaleceu até o fim da partida.
O Bahia ainda teve a chance de empatar no último minuto de jogo, quando o lateral esquerdo Laércio ficou cara a cara com o goleiro César. O arqueiro rubro-negro, porém, realizou uma grande defesa e sacramentou o título do Flamengo.
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