» » » Ato contra PEC do Teto tem 15 detidos após confronto com a PM em Brasília

Policiais e manifestantes entram em confronto na Esplanada dos Ministérios durante protesto contra a aprovação da PEC do Teto dos Gastos Públicos.

                                      Marcello Casal Jr/Agência Brasil.
O centro de Brasília voltou a parecer uma praça de guerra no final da tarde de hoje (13), quando manifestantes e policiais entraram em confronto na Esplanada dos Ministérios.
Os manifestantes - reunidos para protestar contra a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto dos Gastos Públicos - jogaram garrafas de vidro, pedras e bombas. Os policiais responderam com bombas de efeito moral, spray de pimenta e gás lacrimogêneo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF), pelo menos 15 pessoas foram detidas. Além disso, seis policiais ficaram feridos. Até o momento, o órgão não informour o número de manifestantes feridos. A secretaria disse ainda que, durante a tarde, foram apreendidas máscaras, bastões, pregos, escudos e bolas de gude, totalizando 300 objetos. Após a dispersão, a entrada da Esplanada tinha grades de plástico incendiadas e uma parada de ônibus destruída. Espalhados pelo chão, era possível ver paus, pedras e dezenas de cápsulas deflagradas de gás lacrimogêneo. Nas imediações da rodoviária, ônibus tiveram vidros quebrados e, segundo uma testemunha, pelo menos dois deles saíam da rodoviária com passageiros. De acordo com a SSP-DF, uma viatura do Detran também foi depredada. Ônibus é incendiado próximo a Rodoviária do Plano Piloto em ato contra a aprovação da PEC do Teto Marcelo Brandão/Agência Brasil Na via N1, paralela à Esplanada, um ônibus teve os vidros quebrados e foi incendiado. A fumaça densa e escura cobriu o céu da cidade na altura da Biblioteca Nacional. A Polícia Militar deteve um homem suspeito de atear fogo no veículo. Dispersados pela polícia, grupos se espalharam pelo centro da cidade queimando contêineres de lixo, quebrando vidraças de prédios e lojas. Shoppings localizados a poucos quilômetros da Esplanada reforçaram a segurança na entrada e fecharam parcialmente as portas. Vindo de Cascavel (PR) para protestar contra a PEC 55, Luís Guilherme Pereira (24), do Movimento de Luta pela Terra, ficou frustrado pela forma como a manifestação terminou. "Viemos com intenção de um manifesto pacífico e não foi o que a gente esperava. Nós [do Movimento de Luta pela Terra] não queremos violência, queremos defender nossos direitos como cidadãos", disse. "Parece um cenário de guerra; tanta bomba e spray de pimenta. É lamentável. A gente não conseguiu fazer o que queria, que era lutar pelo nosso direito e isso é ruim para todo mundo. Por causa de um grupo de pessoas todos passam por ruins, mas não são todos que vieram para a guerra", completou. Luís Guilherme chegou no início da tarde para o ato e seguiu para a frente do Congresso, como dezenas de outras pessoas. Horas depois, foi informado por outros manifestantes que deveria ir para a frente do Museu da República. Lá, polícia e manifestantes chegaram a negociar a participação de carros de som no ato. A PM, no entanto, estava relutante em permitir o uso dos equipamentos de som, temendo incitação coletiva ao confronto e ao vandalismo.

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