O cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, Arcebispo Emérito da Arquidiocese de São Paulo, morreu nesta quinta-feira (14). Ele tinha 95 anos e estava internado no Hospital Santa Catarina em decorrência de uma broncopneumonia.
Arns começou sua vida religiosa em 1939 na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Em 1945 foi ordenado sacerdote e foi estudar em Paris, na Sorbonne, onde cursou pedagogia e letras. Foi bispo e arcebispo de São Paulo entre os anos 60 e 70. Ao longo da vida, atuou como escritor e jornalista, tendo 57 livros publicados. Também teve atuação destacada durante a Ditadura Militar, celebrando o ato ecumênico em honra do jornalista Vladimir Herzog, assassinado em 1975.
Ele também acompanhou a visita do Papa João Paulo II em 1980. Durante 28 anos de arcebispado, Dom Paulo criou 43 paróquias, construiu 1200 centros comunitários, além de apoiar o surgimento de mais de duas mil comunidades eclesiais de base (CEBs) em São Paulo.
O religioso ganhou diversas homenagens e prêmios no Brasil e no exterior, entre eles: o Prêmio Nansen do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur), o Prêmio Niwano da Paz (Japão), e o Prêmio Internacional Letelier-Moffitt de Direitos Humanos (EUA), além de 38 títulos de cidadania. Arns teve sua vida contada em dez livros, sendo o mais recente lançado no mês de outubro deste ano, em São Paulo.
