» »Unlabelled » Taxista é morto com nove tiros em Ilha Amarela

A família do taxista Ivan Pereira da Rocha, 39 anos, morto com nove tiros na noite desta quinta-feira (11), em Ilha Amarela, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, ainda não entende as circunstância de sua morte. Bastante abaladas, a esposa e duas irmãs do taxistas estiveram no Instituto Médico Legal (IML) para fazer a liberação do corpo.
"Não é por nada não, mas não vamos falar", disse uma das irmãs de Ivan ao CORREIO, sem se identificar. Minutos depois, também preferindo o anonimato, a outra irmã afirmou que a família tem medo. "Temos medo, não sabemos o que aconteceu", disse ela, que acrescentou que Ivan era uma pessoa tranquila e sem inimigos.  Segundo a Polícia Civil, Ivan passava pela 1ª Travessa Boa Vista, em Ilha Amarela, por volta de 20h20, quando foi abordado por um homem em um carro ainda não identificado. Sem falar nada, o homem atirou contra Ivan, que foi atingido por quatro tiros no rosto e cinco nas costas.
O taxista não resistiu aos ferimentos e morreu no local, que fica na rua em que morava. Para o dono do táxi que Ivan dirigia há dois meses, Etevaldo de Souza,  a morte foi uma surpresa. "Uma pessoa que conheço há mais de 20 anos. Sempre decente, não fumava e nem bebia. Eu realmente estou chocado até agora", pontuou ele, que disse que toda família ficou bastante surpresa. 
Ivan, que era casado e tinha dois filhos, fazia parte da agência TeleTáxi há dois meses. De acordo com o supervisor da TeleTáxi, Jorge Freitas, ele sempre demonstrou responsabilidade e nunca houve nenhum tipo de problema com o funcionário. O supervisor acrescentou ainda que, para obter a aptidão e fazer parte da agência, os taxistas precisam apresentar uma série de documentos e, segundo ele, Ivan atendia a todos os requisitos para dirigir o táxi.  
Os colegas de trabalho também estão surpresos com a morte. "Era um rapaz excelente, de boa índole, uma pessoa muito querida, de conduta impecável. Vivia para a família", lembrou o taxista Pedro Roberto, 61, que trabalhava com Ivan há cinco anos na fila da rampa do Mercado Modelo. Outro colega de Ivan, o também taxista Ricardo Sousa, 42, garantiu que o amigo não tinha envolvimento com o tráfico de drogas ou qualquer coisa ilícita. O amigo Jean Carlos recordou que Ivan era também um bom mecânico, pois, qualquer problemas com os táxis, era ele quem resolvia. Ainda segundo Jean, ele era uma pessoa tranquila. 
O taxista será enterrado amanhã, às 10h, no cemitério de Plataforma. A autoria e motivação do crime são desconhecidas. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), sob o comando do delegado Reinaldo Mangabeira. Segundo o major Humberto, comandante da 14ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Lobato), a polícia está trabalhando para apresentar, em pouco tempo, a autoria e motivação do crime.
ManifestaçãoUm grupo de taxistas realizou um protesto na tarde desta sexta-feira (12), próximo à Rodoviária de Salvador. Segundo informações da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), por conta da manifestação, o trânsito ficou lento na região. O protesto foi encerrado por volta das 14h.
De acordo com o presidente da Associação Metropolitana dos Taxistas de Salvador, Vandeilson Miguel, o protesto não foi organizado pelo órgão. "Não teve ligação nenhuma com a associação. Ainda não sei nem qual foi o motivo desse protesto", frisou. Ainda segundo o presidente, cerca de 30 profissionais participaram do ato. Não há informação se o protesto tem relação com a morte do taxista.

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